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O sujeito na psicanálise lacaniana: uma existência inefável e intervalar

  • Foto do escritor: Linsei Oishi
    Linsei Oishi
  • 21 de dez. de 2024
  • 1 min de leitura

Atualizado: 19 de fev.


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A definição de sujeito que Lacan trabalha se distancia da concepção tradicional de um indivíduo, de um "eu" consciente e unitário.  O sujeito na psicanálise lacaniana é marcado pela divisão e pela falta, existindo apenas nos intervalos entre os significantes e em relação ao Outro.


O sujeito não é preexistente à linguagem, mas sim, é um efeito do significante. Surge a partir da articulação significante, se constituindo na relação entre significantes, ou seja, nos intervalos entre os elementos significantes. 


Sujeito é "o que um significante representa diante de outro significante", existindo apenas no espaço entre eles. A notação S1, S2, Sn... representa essa condição posicional e intervalar do sujeito, denotando sua localização entre significantes específicos. 

O sujeito não é S1 nem S2, mas se situa no intervalo entre eles. Essa lógica se aplica a qualquer sequência de significantes (Sn). A posição do sujeito é sempre relacional e em constante deslocamento, nunca coincidindo com um ponto fixo


O sujeito é intrinsecamente dividido, resultado do encontro com a linguagem e a ordem simbólica. Essa divisão é representada pela fórmula lacaniana "$", o "S barrado", que indica que o sujeito nunca poderá ser apreendido totalmente, pois está sempre em processo de significação. Neste sentido, a existência do sujeito é inefável, ou seja, não pode ser totalmente apreendido pelas palavras. Ele é o produto das relações entre elementos, mas nunca coincide totalmente com nenhum deles.



 
 
 

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